por Sarah Camilo
Quando um rótulo se
atrever a chegar perto de você, despreze-o. É perigoso.
Não,
não sou feito você. Pobre medíocre e tolo. Eu sou assim mesmo. Sou à flor da
pele. E para me aturar é preciso ser também. Entendeu?
De
todos, os que conheci, você foi o mais importante, mas você fez questão de
estragar tudo. Todo o sentimento que foi surgindo em mim foi embora, não sei
pra onde, mas foi. Vá, por favor, vá!
Não
quero mais sofrer por amor. Tenho contas a pagar. Você se responsabiliza? É faculdade,
curso extra, roupas, calçados, etc. etc. etc...
Por
que tem que ser assim? Por que você não pode ficar comigo, seu idiota? Imbecil!
Eu te amo. Não consigo amar outro a não ser você. Você, maldito, está em tudo e
em todos. Mesmo que eu transasse com outro estaria gemendo por você. Só por você.
Dói. Dói não o pau dele enfiando na minha buceta, mas dói não tê-lo perto de
mim, nenhum dia sequer.
Morro
de saudade, mas você nem sabe disso porque não falo. Não falo absolutamente
nada. Nem pra mim mesma.
Não
gosto de submissão e de obedecer a regras. É totalmente fora do meu estilo de
personalidade. Entendeu? Se não entendeu, eu entendo, vai demorar um pouco,
pois sou assim, desse jeito. Totalmente transparente. Desculpe meu amigo, minha
amiga, mas sou assim.
Há
quem diga que sou estúpida, mas discordo. Sou eu mesma. Não sou rótulo. Como diz
minha amiga e querida Clarice Lispector: para viver é necessário competência. Eu
a tenho. Quem não me compreende é que não a tem. E o que eu tenho a ver com
isso? Não tenho culpa, ora essa.