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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Os perigos do deserto

por Sarah Camilo

O deserto quando vivido do jeito errado pode roubar a subjetividade do ser e esse crime é o pior de todos


NO PERÍODO DE DESERTO É ONDE TUDO ACONTECE.  O deserto quando não compreendido do jeito certo rouba toda a subjetividade da pessoa. Apaga de sua memória o amor de sua família, dos amigos e, também, o seu amor por você mesmo.

Às vezes, a pessoa demora muito tempo para descobrir que foi roubada de si, quando na verdade, era para ser descoberta. O deserto é vazio, solitário e possui uma ventania com capacidade para te bagunçar por inteiro. Algumas pessoas caem e não conseguem se levantar. Outras levantam e suportam.

É no deserto que você se reconstrói ou se destrói. Se reconstruir é quando você passa a entender que todo o processo humano de maturidade precisa ser, em sua totalidade, humanizado. Aí dói! Se reconstruir é reunir as forças interiores e divinas e uni-las à sua humanidade (até então esquecida), assim você se torna um ser humano inteiro.

Em contrapartida, o destruir-se é simples: você se entrega na primeira ventania, deixando a sua vida toda bagunçada sem espaço para que outras pessoas entrem. Você não as quer. Você se torna amargo e infeliz. Você decretou o seu próprio fim e deu a ele a coroa de vitorioso. Prefere permanecer no deserto a alcançar os horizontes.

Há dois tipos de horizontes. Vamos lá!

Primeiro temos o horizonte no sentido de beleza natural. Segundo o horizonte da vida em sua totalidade. Estou passando por esse deserto. Há muitas ventanias. Contudo, estou enraizada no Amor e pronto! Não desistirei de meus horizontes. Não desista também. No final, vale a pena!

OBS: O deserto que aqui relato é um período da vida que todo ser humano passa ou passará. Digamos, de forma mais simples, é o momento que os pingos precisam voltar para os ”is”. 

sábado, 13 de dezembro de 2014

Artesanato Humano

por Sarah Camilo


Como estão costurando você? Como você está costurando a humanidade?


O corpo humano nada mais é do que um tecido. Por exemplo, quando ferimos a perna com profundidade, o médico precisa “dar pontos”, ou seja, costurar aquele tecido que de alguma forma foi rasgado. Não sou médica, então um profissional da área poderia explicar melhor, mas enfim, o ponto que pretendo chegar é que a vida humana é um artesanato.

Tudo aquilo que é artesanal exige sensibilidade no labor, não sou artesã, quem é poderia dizer com mais propriedade. Contudo, sou artesã da humanidade. E, neste caso não precisa ser um profissional da saúde ou do artesanato para entender que tudo aquilo que somos, ou melhor, fazemos, exige sensibilidade, cuidado, atenção.

Quando tomamos consciência da nossa condição humana, começamos a compreender que precisamos passar por um processo de costura. Por exemplo, a construção humana é como as fábricas de roupas. Tudo precisa de etapa. Tudo precisa ser feito com atenção. Tudo passa pelos olhos humanos, principalmente os do chefe. Não é mesmo?

Não sei se conseguem me entender. Calma!

Esse texto que escrevo é um tecido. Para entender melhor vamos à etimologia da palavra: texto vem do latim textus, de textum, que quer dizer tecido, entrelaçamento.

Existem vários tipos de tecidos. Qual tecido você é? Aqueles que na primeira lavagem estraga e depois precisa ser jogado fora? Aquele que estica e que é facilmente modificado\influenciado? Percebem que esses tecidos são os mais baratos. São aqueles que não tiveram atenção, cuidado, sensibilidade.  Ou você é como aquela calça jeans que custou caro e mesmo após passar por várias lavagens, de ser usada milhares de vezes permanece resistente\duradoura?  Isso acontece porque o tecido é bom e não foi feito de qualquer jeito.


Como estão costurando você? Como você está costurando a humanidade? 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Encontro

por Sarah Camilo

Quando encontramos o nosso íntimo mais íntimo, não é qualquer pessoa que nos merece

Durante anos de nossa vida nos relacionamos com todos os tipos de pessoas, mas chega um momento, uma fase em que nos tornamos mais “seletivos”.  Não me refiro só a relacionamentos amorosos, mas de amizades também. Isso é um bom sinal: Não quero qualquer pessoa em minha vida tampouco em meu coração.

Toda essa etapa, diria humildemente, que é o nosso processo de encontro com a gente mesmo. Quando percebemos o valor que temos, quando percebemos a sacralidade que há em nosso corpo e coração, entendemos, ou melhor, podemos entender aquela expressão: “Não jogue pérolas aos porcos”.

Ao compreender tal expressão, tal sacralidade e tal valor, encontramo-nos com o nosso mais íntimo.  E quando tomamos posse desse íntimo, não entregamos para a primeira pessoa que aparece. E quando aparece, observamos atentamente o seu jeito, para só depois, certificar-se de que ela é merecedora desse íntimo. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Vida

por Sarah Camilo

Ando passando por "momentos difíceis" na vida. E acredito que isso seja o processo natural de quem precisa amadurecer para bem saber o que é viver. Tudo muda. As pessoas, lugares e humores.
Acredito que para superar esses "momentos difíceis" é preciso ter fé e pedir a Deus que nos ensine a passar do jeito certo e não de qualquer jeito. Às vezes, temos de enfrentar situações que nos mostrem o quanto precisamos das pessoas. Precisamos uns dos outros.
Ninguém consegue viver sozinho. Isso seria terrível!