Estava sentada num dos bancos do ônibus, bem à
frente, perto da roleta que passa milhares de cidadãos. Ao meu lado estava
minha irmã degustando as sensações da batata acompanhada com coca-cola.
Conversávamos e ríamos.
Antes de o ônibus partir, entrou um homem. Suas
roupas eram velhas e sujas.
- Fez um pedido: “Peço que me ajudem quem puder e
com quanto puder. Deus abençoe!”.
Esse homem é apenas mais um diante de centenas de
brasileiros que honestamente, por parte de alguns, utilizam o transporte
público para pedir ajuda de outros brasileiros que diariamente o usam para ir
trabalhar, estudar, etc.
Para alguns, esses “pedintes”, ou mendigos são
motivo de incômodo, tem gente que simplesmente vira o rosto ou fecha os olhos para
não encarar a realidade daquele que pede ajuda. Eles andam pelo corredor nos pedindo poucos
trocados.
Infelizmente ninguém tem um detector de honestidade,
mas podemos agir conforme a nossa sensibilidade de ser humano e por alguns
instantes nos colocarem no lugar daqueles que pedem.
- “Que país é esse?”, já se perguntava Legião
Urbana. Hoje, pois, que a legião que governa o nosso país voltem seus
planejamentos para a legião de pobres que entram todos os dias nos ônibus para
pedir um real e também para aqueles que vivem numa pobreza extrema à margem as
sociedade.
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