O deserto quando vivido do jeito errado pode roubar a subjetividade do ser e esse crime é o pior de todos
NO PERÍODO DE DESERTO É ONDE
TUDO ACONTECE. O deserto quando não
compreendido do jeito certo rouba toda a subjetividade da pessoa. Apaga de sua
memória o amor de sua família, dos amigos e, também, o seu amor por você mesmo.
Às vezes, a pessoa demora
muito tempo para descobrir que foi roubada de si, quando na verdade, era para
ser descoberta. O deserto é vazio, solitário e possui uma ventania com
capacidade para te bagunçar por inteiro. Algumas pessoas caem e não conseguem
se levantar. Outras levantam e suportam.
É no deserto que você se
reconstrói ou se destrói. Se reconstruir é quando você passa a entender que
todo o processo humano de maturidade precisa ser, em sua totalidade,
humanizado. Aí dói! Se reconstruir é reunir as forças interiores e divinas e
uni-las à sua humanidade (até então esquecida), assim você se torna um ser
humano inteiro.
Em contrapartida, o
destruir-se é simples: você se entrega na primeira ventania, deixando a sua
vida toda bagunçada sem espaço para que outras pessoas entrem. Você não as
quer. Você se torna amargo e infeliz. Você decretou o seu próprio fim e deu a
ele a coroa de vitorioso. Prefere permanecer no deserto a alcançar os
horizontes.
Há dois tipos de horizontes.
Vamos lá!
Primeiro temos o horizonte
no sentido de beleza natural. Segundo o horizonte da vida em sua totalidade.
Estou passando por esse deserto. Há muitas ventanias. Contudo, estou enraizada
no Amor e pronto! Não desistirei de meus horizontes. Não desista também. No
final, vale a pena!
OBS: O deserto que aqui
relato é um período da vida que todo ser humano passa ou passará. Digamos, de
forma mais simples, é o momento que os pingos precisam voltar para os ”is”.