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terça-feira, 26 de junho de 2012

"Como me sinto? Como se colocassem dois olhos sobre uma mesa e dissessem a mim , a mim que sou cego : isso é aquilo que vê , essa é a matéria que vê . Toco os dois olhos sobre a mesa , lisos , tépidos ainda , arrancaram há pouco, gelatinosos , mas não vejo o ver . É assim o que sinto tentando materializar na narrativa a convulsão do meu espírito , e desbocado e cruel , manchado de tintas , essas pardas escuras do não saber dizer , tento amputado conhecer o passo , cego conhecer a luz , ausente de braços tento te abraçar". Hilda Hilst

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Me encantei!!

Patrícia Galvão é o nome dela. Fui apresentada por uma colega de trabalho: Sarah, esta é Pagu. Jornalista e professora.

Os meus olhos simplesmente brilharam!!

Então, para quem ainda não conhece, segue o link do blog que fala sobre esse terremoto que passou por nós e que deixou os rastros.

Boa leitura!

http://www.pagu.com.br/blog/

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Pés cansados!


Os meus pés já estavam exaustos em estar em cima de uma sandália alta e andar...

Antes de sair de casa vi no Bom dia Espírito Santo a noticia que a Praça Jerônimo Monteiro estaria interditada devido aos protestos realizados pela população. Um era por causa do preço da passagem de ônibus, o outro era para “desmascarar o santo”, ex-governador do estado, Paulo Hartung. Bem, fiquei sentada por 2 horas e pouco no ônibus de Vila Velha até Vitória. Em todo percurso o trânsito estava parado. Tenso.

Chegando à praça ela se encontrava deserta de veículos, apenas pessoas revoltadas com a hipocrisia de um governo corrupto. Fui a um edifício, depois de um tempo saí. As ruas continuavam um verdadeiro caos. Protestos de um lado a outro, sem saída. Os ônibus vazios e parados, e quem estava dentro era obrigado a sair. E os cidadãos honestos foram interrompidos de cumprir os seus compromissos no devido tempo.

Ao ir para a beira-mar em busca de algum ônibus me deparei com os pontos cheios, ou seja, completamente impossível de “pegar um ônibus”. Então, para descansar um pouco os meus pés, resolvi sentar na calçada da beira-mar. Depois de um tempo parou uma Combi branca e velha na minha frente. Ao meu lado esquerdo vinham alguns estudantes correndo para “pegar uma carona”, eu, simplesmente “entrei na onda” e fui junto com a galera até próximo ao INSS.

Os meus pés já estavam exaustos em estar em cima de uma sandália alta e andar...

Já estava cansada, completamente cansada. Caminhei até o shopping vitória em busca de algum ônibus, minha irmã que estava junto comigo se irritava por causa da minha lentidão ao andar. Alguns instantes andei, descalça, tamanha era a dor nos pés.

Uffa! Entrei no Seletivo, ar condicionado. Era o que precisava no momento. Mas em todo o caminho me questionava sobre os protestos. Será que vale a pena?

Não sou contra protestos. Sou contra a ignorância. E os estudantes que realizaram esse tal protesto que atrapalhou trabalhadores honestos, é um exemplo de ignorância. Há tanta coisa mais útil para se protestar. Além disso, 2,45 é a passagem inteira, estudante paga meia. A única coisa que tenho a dizer para essa turma de estudantes chinfrins é: Estudem e busquem o conhecimento, assim vocês serão inteligentes.

Quanto à política: sigam firme, irmãos. Estou com vocês!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Alguém, por obséquio?


Estava sentada num dos bancos do ônibus, bem à frente, perto da roleta que passa milhares de cidadãos. Ao meu lado estava minha irmã degustando as sensações da batata acompanhada com coca-cola. Conversávamos e ríamos.

Antes de o ônibus partir, entrou um homem. Suas roupas eram velhas e sujas.

- Fez um pedido: “Peço que me ajudem quem puder e com quanto puder. Deus abençoe!”.

Esse homem é apenas mais um diante de centenas de brasileiros que honestamente, por parte de alguns, utilizam o transporte público para pedir ajuda de outros brasileiros que diariamente o usam para ir trabalhar, estudar, etc.

Para alguns, esses “pedintes”, ou mendigos são motivo de incômodo, tem gente que simplesmente vira o rosto ou fecha os olhos para não encarar a realidade daquele que pede ajuda.  Eles andam pelo corredor nos pedindo poucos trocados.

Infelizmente ninguém tem um detector de honestidade, mas podemos agir conforme a nossa sensibilidade de ser humano e por alguns instantes nos colocarem no lugar daqueles que pedem.

- “Que país é esse?”, já se perguntava Legião Urbana. Hoje, pois, que a legião que governa o nosso país voltem seus planejamentos para a legião de pobres que entram todos os dias nos ônibus para pedir um real e também para aqueles que vivem numa pobreza extrema à margem as sociedade.  

Entrevista de Clarice Lispector

Para os apaixonados da Literatura, em especial, Clarice Lispector, aí está a última entrevista de Clarice para o programa Panorama da TV Cultura, em 1977.

Aproveitem!

Abraços,

Sarah Camilo

Entrevista com Clarice Lispector (1977) Parte 4

Entrevista com Clarice Lispector (1977) Parte 3

Entrevista com Clarice Lispector (1977) Parte 2

Entrevista de Clarice Lispector